Sendo a moda repleta de extremos e contradições, nada mais justo que uma resposta contrária aos excessos visuais causados pelos ombros marcados, brilhos, cores fortes e exageros em geral, tendências que fazem parte do revival dos anos 80. O outro lado da moeda, a moda minimalista, preza uma cartela de cores neutras, estética clean, e silhueta consciente, enxuta e perfeita – este último adjetivo dá-se graças à alfaiataria e suas linhas sofisticadas e arquitetônicas. Gosto da tendência porque, além de ser um exercício de bom senso, despe a roupa de todos os elementos extras e a trabalha em seus alicerces: as formas, o acabamento, a modelagem.
O mininalismo é considerado a tendência mais inovadora e relevante das últimas temporadas, devido ao sucesso da coleção de verão 2010 de Phoebe Philo para a marca francesa Céline. Mas engana-se quem acha que esse movimento de “limpeza visual fashion” característico dos anos 90 está sendo revisitado apenas agora: desde 2005 e 2006 modelagens mais justas e peças que remetem a um estilo mais clássico vem aparecendo nas passarelas. Na última temporada, ela influenciou até as coleções de pre-fall de marcas como Chloé e Stella McCartney, lembram?
Quem não tem afinidade com peças clássicas não precisa se preocupar: o minimalismo não é sinônimo de chatice. O mix entre as texturas das roupas, ou uma peça com silhueta ajustada em cores fortes, por exemplo, atualiza e deixa a produção mais interessante. Hits da temporada como saias em couro ou shorts de alfaiataria podem aliar-se não só às boas e velhas camisas brancas mas também às rendas, babados e cintura marcada, que dão o toque feminino e equilibram o mood mais sério. Mas lembre-se de deixar seu maxi colar e outros múltiplos acessórios em casa: afinal, para o lado minimalista da moda, less is always more.
Fonte: Fashion affair
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