Por CRIS GUERRA
Depois de ver centenas de modelos desfilando livres, leves e soltas, com os seios à mostra nas passarelas, sempre que volto à vida real reflito sobre essa peça do vestuário que, apesar de muito evoluída, eu abomino.
Oficialmente, o sutiã completou 100 anos em 2007, pois foi em 1907 que ele foi nomeado na Vogue pela primeira vez, apesar de notícias de que sua primeira patente teria sido registrada em 1893. De lá pra cá, o sutiã sofreu inúmeros avanços de design e tecnologia, sendo sem dúvida a peça mais sofisticada do nosso vestuário.
Por achar a peça sempre incômoda, gosto particularmente de uma parte dessa história, a da queima dos sutiãs, em 1968, em Atlantic City, que na verdade nunca foi de fato uma queima, mas uma manifestação das mulheres contra a opressão e a exploração comercial da beleza feminina. Depois do evento, houve várias queimas de sutiãs ao redor do mundo.
Gosto da idéia, mais especificamente por queimar a peça que eu detesto usar, e também como manifesto em busca de mais respeito às mulheres. Mas, veja a que ponto chegamos. Esse tal desejo de igualdade nos fez acumular funções e criou para nós uma vidinha bem mais complicada. E o pior: com exceção das modelos na passarela, continuamos tendo que usar sutiã.
Fonte: Blog Oi FM – BH
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