terça-feira, fevereiro 22, 2011

Que seja eterno enquanto dure

Por CRIS GUERRA

Já reparou que existem algumas peças da moda que são exaustivamente usadas por um tempo, e depois caem no ostracismo? É isso que diferencia os clássicos. Eles não são usados até cansar, mas são usados sempre. É como um namoro intenso que dura alguns meses e depois termina de repente, comparado a uma relação mais calma e duradoura, que acaba em casamento. Um é paixão, o outro é amor de verdade.

Repare bem: existem roupas pra casar e roupas só pra uma breve aventura. Saruel, por exemplo. Não há como manter uma relação duradoura com uma calça saruel. Tive um relacionamento feliz com uma sandália gladiador, mas terminamos amigavelmente. Estou tendo uma relação séria com a calça curta. Que seja eterno enquanto dure. Com algumas peças, sou casada no papel. Na verdade, sou polígama: vivem no meu quarto o amado vestido acinturado de comprimento abaixo do joelho. E acho que vamos fazer bodas de ouro. Amo a sapatilha desde o tempo em que ela nem era famosa. E nunca, nunca vou me separar do meu oxford.

Como também não vivo sem o trench coat – sei que vai ser pra sempre. E como meu coração é grande, também amo a saia lápis, o tubinho, a camisa branca, o vestido vermelho. E já há algumas primaveras estou com a estampa de oncinha e não abro. Na moda também vale se divertir com as erradas até encontrar a roupa ideal. Mas cuidado: a vida é muito curta pra se casar com um look qualquer.

Fonte: Blog Oi FM – BH

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