segunda-feira, outubro 17, 2011

“Peso visual” na silhueta

A gente não usa, no nosso trabalho como personal stylists, essas nomenclaturas classificatórias de tipos físicos. Sabe isso de “corpo pêra”, “corpo ampulheta”, etc etc etc? A gente acha difícil a humanidade inteira se enquadrar em cinco ou seis tipos de corpo – sendo que a gente é quebra-cabeça de características, né? Pode ter uma pêra mais cheinha ou mais magrinha, pode ter um triângulo invertido com perna mais longa ou mais curta… mil variações, alô diversidade!

De uns anos pra cá, com a experiência, a gente foi se adaptando à idéia de ‘peso visual’ na silhueta. Independente das formas que a gente tem, sempre dá pra definir – em qualquer silhueta! – um espaço que chama mais atenção, que parece ocupar mais espaço, que dá essa sensação de peso. Pode ser que esse peso visual esteja na parte de cima ou na parte de baixo da silhueta (ou no meio, pra quem tem barriguinha que teima em ser saliente!). Bom é que esse peso não tem a ver com peso de quilos (ufa!), mas sim com espaços. E é se estudando em frente ao espelho que a gente confirma onde está o peso visual da cada silhueta – e a partir dessa identificação/confirmação é que a gente tem direção objetiva do que escolher e do que usar pra equilibrar e harmonizar a aparência.

 peso_visual

De frente pro espelho, com postura bem bonitinha e reta, a gente compara distâncias entre os ombros, a largura da cintura e a largura do quadril. Não tem nada a ver com medidas, esquece a fita métrica. Vale usar um cadarço ou uma fita de cetim como auxílio. Importante é ver, em relação à cintura, que medida é mais extensa. E pronto: o espaço maior é exatamente onde o peso visual da silhueta está. Quem tem quadril, bumbum e cozinhas fartas geralmente tem ombros sequinhos, peitinho pequenino = peso visual na parte de baixo. E o contrário geralmente é válido: quem tem peitão, ombrão, pescoço curto e mais largo, geralmente tem quadril retinho, pouco bumbum, pernocas mais finas = peso visual na parte de cima.

Vem daí a nossa teoria Robin Hood para equilibrar silhuetas (lembra?): observar, no próprio tipo físico, o que tem sobrando e o que tem faltando – e então encher os pobres de elementos visuais (estampas, recortes, drapeados, bolsos, transparências, texturas, etc) e tirar tudo que for possível dos ricos (e deixar tudo mais liso, mais neutro, menos chamativo). Vale clicar pra entender direitinho que a teoria Robin Hood funciona MESMO, viu. Também a partir da identificação do peso visual na silhueta a gente consegue mirar bem certeiro na idéia de “desarredondar”, de suavizar o que é maior e mais pesado visualmente no próprio corpo. E sabendo como a gente é, o que a gente tem de mais legal e menos legal, é que a gente faz render nossas idéias de moda com a nossa cara, pra nossa vida, alcançando os nossos próprios objetivos. Isso sim é ser inteligente em estilo!

TEORIA ROBIN HOOD PARA EQUILIBRAR SILHUETAS

Melhor do que pensar em formatos de corpo (pêra, maçã, uva, salada mista) é pensar que a gente sempre tem um pedaço da silhueta maior, mais “pesado visualmente”, que chama mais atenção. Pode ser peitão, pode ser bração, pode ser uma pochete-natural na altura da cintura (haha!) – geralmente é isso daí que a gente quer disfarçar com o que escolhe vestir. Não é? Ao mesmo tempo, tudo que a gente veste pode ter forma, estampa, textura, cor (colorida), detalhes e mais… ou pode ser bem liso, retinho, sem volume e em cor neutra.  A nossa novíssima teoria Robin Hood – haha! – quer ajudar todo mundo a compensar escolhas e equilibrar silhuetas com o seguinte pensamento: tirar de quem tem mais e dar pra quem tem menos.

Tipo, quem tem mais quadril vai escolher menos elementos pra essa parte da silhueta e vai encher de coisas nas outras partes – nas que tem ‘menos’ volume. Daí o quadril vai ser coberto com saias e calças e bermudas bem lisas, em cores neutras, retinhas e sem frufrus demais; ao passo que a parte de cima da silhueta pode ter bolsos, ser coloridona, ter pregas e drapeados e rendas e tachas e tudo que se quiser. Outro exemplo: quem tem ombros super largos pode tirar atenção dessa riqueza de largura pra chamar mais atenção nas partes pobres de largura: blusas e vestidos com ombros super básicos fazem com que o que veste cintura e bumbum e quadril e aé barras de saias sejam chamariz de olhares, cheias de mil “atraidores de olhares”.

Vale pra tudo, do jeito como a gente quiser aplicar! É só fazer a conta dos ‘ricos’ e dos ‘pobres’ (e também do que tirar e do que dar) tendo em mente volumes e larguras de silhueta x elementos de design de cada peça de roupa. E ainda rende umas risadas, né?

Fonte: Oficina de Estilo por Fernanda

0 comentários:

 
Copyright 2009 Ludi Vaz Personal Stylist. Powered by Blogger Blogger Templates create by Deluxe Templates. WP by Masterplan