Embora sejam semelhantes, há mais oposições entre eles, de que se supõe. Descubra as diferenças entre o blazer e o paletó, e aprenda a usar a peça de maneiras diferentes.
“O blazer é mais casual, diferente do paletó que é formal e faz parte do costume (paletó+calça) ou terno (paletó+calça+colete), ambos [costume e terno] com a mesma padronagem e tecido”, explica Franco Mazzei.
De uma forma geral, um paletó pode se transformar num blazer se usado com calças de diferentes padronagens, porém, um blazer nunca vai virar um paletó. Existem blazeres mais clássicos, como o azul-marinho, que combina com calças de alfaiataria a calças jeans e podem ser usados o ano todo, e os xadrezes de lã, próprios para o inverno e mais esportivos, ótimos para usar com calças jeans, chino e veludo.
De acordo com Mazzei, um blazer é composto das seguintes partes e cada uma delas tem características específicas que devem ser levadas em conta na hora de comprar um blazer:
Imagem mostra as partes que compõem um blazer
1. Lapela: mesmo que a moda indique uma tendência para lapelas mais estreitas, a gola do blazer deve ser escolhida de acordo com o tipo de corpo. Exemplo: se você tiver um peito grande, escolha uma lapela média ou mais larga. Se ao contrário, você é magro, opte pelas lapelas mais finas.
2. Manga: ela deve ultrapassar apenas um pouco o ossinho do pulso, deixando aparecer o punho da camisa. O comprimento da manga do blazer costuma ser um pouco mais curto do que o do paletó, mas é o tipo de ajuste que pode ser feito na maioria das lojas onde são encontrados blazeres prontos. No caso do blazer feito sob medida por um alfaiate, esta é uma decisão que é levada em conta na hora em que se tiram as medidas.
3. Ombros: quando experimentar um blazer, ele deve encaixar bem nos seus ombros, já que é uma parte que não pode ser ajustada. Comprimento de ombro muito curto vai prejudicar seus movimentos, assim como se a cava do blazer for maior que seu ombro, vai comprometer o caimento do blazer.
4. Comprimento: deve ficar um pouco abaixo da base das nádegas. Na hora de experimentar, use a mão levemente fechada para saber o comprimento exato. Os dedos devem encostar levemente na barra. No blazer a barra pode ser um pouco mais curta que um paletó, principalmente nos modelos mais esportivos e voltados para um público mais jovem.
5. Silhueta: evite modelos muito quadrados, preferindo aqueles mais acinturados. O ideal é que o blazer defina melhor sua silhueta, porém sem que fique apertado demais. Leve em consideração o tipo de corte na parte de trás do blazer. Tem os modelos com um único corte central, mais tradicional. Observe esta parte parado, porque o corte não deve ficar aberto demais. Neste caso, não é o modelo ideal para você. Prefira então os modelos com dois cortes laterais, um de cada lado.
6. Abotoamento: os brasileiros preferem os modelos de três botões porque alongam a silhueta, mas o modelo mais em evidência hoje em dia e o que combina bem com o espírito casual do blazer é o de dois botões. A versão de um botão é uma ótima opção para os blazeres de inverno em lã de padronagem xadrez. Muitas marcas ensaiam a volta do jaquetão, mas ainda não pegou de fato. Lembre-se sempre da regra de abotoamento: o último botão localizado na parte de baixo, tanto nos modelos de três ou dois botões, nunca deve ser abotoado.
Uma dica geral que Mazzei dá para saber se um blazer está bem feito ou não é observar se não há dobras no meio das costas ou se a costura central não se deforma, formando um pequeno “s”. Estes são sinais claros de que o blazer tem problemas de modelagem. O caimento na parte de trás deve ser uniforme e sem nenhum tipo de vinco ou dobra.
O especialista recomenda o uso de tecidos com fibras naturais na confecção da peça: “no Brasil, onde mesmo no inverno dificilmente faz muito frio, o mais indicado é a lã fria super tropical e os tecidos de lã fria importados”.
Fonte: UOL Estilo / Moda
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